Brasileira presa no Camboja é condenada a 2 anos e 6 meses de prisão
Mineira é condenada a mais de 2 anos de prisão no país asiático Camboja Daniela Marys Costa Oliveira, detida no Camboja após ser vítima de um suposto esqu...
Mineira é condenada a mais de 2 anos de prisão no país asiático Camboja Daniela Marys Costa Oliveira, detida no Camboja após ser vítima de um suposto esquema de tráfico humano, foi condenada a dois anos e seis meses de prisão. Segundo familiares, a brasileira foi presa por posse ilegal de drogas depois de se recusar a participar de golpes no Sudeste Asiático e tentar voltar ao Brasil. A decisão da Justiça cambojana ocorreu na madrugada desta quarta-feira (12). A defesa da mulher ainda pode recorrer da condenação. Daniela saiu de Belo Horizonte, em Minas Gerais, com destino a João Pessoa, na Paraíba, onde morou durante um tempo. Em março deste ano, deixou o país em busca de uma vaga de telemarketing no Camboja, mas descobriu que o trabalho, a quase 17 mil quilômetros de casa, envolvia aplicar golpes online (relembre o caso mais abaixo). Ao tentar sair da empresa, ela foi presa sob acusações de portar pílulas ilícitas e teve sua família extorquida em R$ 27 mil. Parentes alegam que os criminosos forjaram um flagrante contra ela. "A clínica da Faculdade de Direito da UFMG, que nos apoia e assessora, já esta ciente do caso e preparará tudo que for preciso, uma vez que minha irmã é inocente e esta sendo injustiçada. Não podemos nunca esquecer que ela foi vítima de um esquema de tráfico de pessoas", disse a irmã de Daniela, Lorena Mara Costa Oliveira. O que se sabe sobre o caso da brasileira presa no Camboja por suspeita de posse de drogas Arquivo Pessoal Entenda Aos 36 anos, Daniela Marys recebeu uma proposta de emprego no Camboja, com promessa de alto salário. De acordo com parentes, o passaporte dela foi retido logo na chegada ao Sudeste Asiático. "E a gente não entendeu muito bem, ela nos comunicou que o passaporte dela foi retido, então a gente já começou a achar isso muito estranho [...] não parecia uma coisa muito lícita de estar fazendo, e ela decidiu vir embora. O terror começou aí", afirmou Lorena. Brasileira é presa no Camboja vítima de tráfico humano A mineira só começou a trabalhar em março deste ano, quando percebeu que o trabalho era ilegal. Ela comunicou à empresa que queria ir embora, mas segundo o que Daniela relatou à família, não houve chance de negociação com os "patrões". "Eles não aceitaram que ela viesse embora. Aí, quando foi no dia 26 de março, na hora que ela voltou para o quarto dela, a polícia já estava lá. Apreenderam três pílulas que não eram dela, estavam nas coisas dela, e ela foi presa", contou a irmã. Após a prisão, criminosos teriam se passado pela brasileira por meio do WhatsApp e extorquido familiares dela em R$ 27 mil. A mineira, que continua presa, teve o pedido de exame toxicológico negado, o que, conforme a família, poderia comprovar que não estava consumindo as drogas encontradas com ela. Daniela Marys Costa Oliveira Reprodução/TV Globo Mineira está presa desde março deste ano Vídeos mais vistos no g1 Minas: